Paisagem cultural do centro do Rio de Janeiro - identificação, caracterização e representação do olhar da comunidade com o apoio da cartografia e da navegação virtual

Mestrado em Geografia, Instituto de Geociências, UFMG, 2009. 152 p. – Ano 2009

Autores desta publicação

Resumo da publicação

Orientação Ana Clara Mourão Moura.
Link na biblioteca digital da UFMG: www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/MPBB-8S5JYB

O estudo tem por objetivo identificar, caracterizar e representar a paisagem cultural do Centro do Rio de Janeiro, com o auxílio de entrevistas, croquis de mapas mentais, da cartografia digital e da navegação virtual. Foi utilizada a visão humanista da Geografia para o entendimento do conceito de paisagem cultural, a qual incorpora os elementos imateriais portadores de referência à identidade, à singularidade do lugar, à percepção e à cultura. Faz parte dos objetivos compreender como a cognição e a percepção da paisagem cultural da comunidade podem promover a orientação espacial a partir de um espaço vivido; utilizar o conceito de lugar para a compreensão dos valores culturais que lhe dão identidade, unicidade e legibilidade; fazer o reconhecimento de palimpsesto de valores culturais instalados na área de estudo a partir da ampliação do conceito de patrimônio e por fim gerar e verificar do grau de comunicabilidade do modelo de navegação virtual desktop, segundo a compreensão de usuários que conhecem obairro. Para tanto a metodologia se baseia em quatro etapas: discussão teórico-conceitual de paisagem cultural, evolução do conceito de patrimônio, percepção espacial e realidade virtual; investigação das principais paisagens culturais do Centro por meio de entrevistas a comunidade; elaboração e montagem do modelo de navegação virtual para caracterização do ambiente a partir de conjuntos fotográficos das paisagens investigadas, e por fim a verificação da comunicabilidade do produto de comunicação cartográfico. A metodologia de representação do ambiente se revelou importante ferramenta de comunicação entre usuários e o espaço, já que o uso de fotografias é superior ao uso da cartografia. Isso ocorre porque a dimensão cartográfica adota uma visão topográfica e não azimutal, necessitando de prévios conhecimentos técnicos como escala, projeção e compreensão do relevo pelas curvas de nível. O modelo de navegação facilitou o entendimento, a espacialização e a orientação espacial da maioria dos seus usuários, de maneira simples e interativa, permitindo perceber o ambiente. O modelo gerado apresentou algumas limitações visuais, porém se revelou uma boa alternativa para diminuir a distância entre usuários de mapas. Além disso, foi promovida a estruturação de redes topológicas durante a navegação no modelo do Centro a partir do reconhecimento do terceiro ponto de navegação.

Autores do laboratório

  • Vanessa Ferraz Godoy
    Vanessa Ferraz Godoy
    Ex-Colaboradora Proj Ministério Cidades